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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eu vou(estou)


foto da web, todos os direitos são do autor 

O Fim do Mundo está Próximo...
Ouço mais insistentemente estas palavras e confesso nunca ter dado ouvidos, não por questão de incredulidade, mas porém, por não importar-me com a tal pergunta.
Ou tal desfecho.
Pois.
O que é o Fim do Mundo?
Se nem mesmo sabemos O Que É O Fim do Mundo de que me interessa, O Quando?
Pra mim o Fim do Mundo não está próximo, está Aqui e Agora.
O Fim do Mundo é passar ao lado de pessoas caídas e esfomeadas na sarjeta e seguir impávido e reto.
O Fim do Mundo é amarrar um cachorro amigo e indefeso numa corda e arrastá-lo pela estrada com uma picape sem nem mesmo ouvir-lhe o brado.
É não ouvir o gemido de fome que retumba.
O Fim do Mundo é bombardear civis indefesos por questões políticas e/ou religiosas.
É ver o estrondo que fulgura ao longe e não ligar para o que ou quem atingiu.
É importar-se com a quantidade de estádios para a Copa do Mundo e negligenciar com o abandono às Escolas Públicas.
É prender o que rouba um prato de comida e inocentar o que roupa o "milhão".
É ter a cara de pau de dizer "Eu não sabia de nada..."
É atear fogo em tudo por nada.
É gritar por tudo ou nada e ainda levantar o lábaro.
É omitir-se.
É atacar com a clava a quem clama a comida.
É sentir-se o próprio colosso ao lado do fraco.
É achar-se límpido chafurdado no lodo.
É matar sem motivo, causa ou ideal.
É matar.
É apagar-se de culpa sendo o mais culpado.
É deixar rolar...
É fugir à luta.
O Fim do Mundo está próximo, tão próximo que nem sequer enxergamos que já está aqui.
E se já está aqui melhor seria este, o Mundo, acabar-se, pois de vergonha se morre e o Mundo morre de vergonha de nós, de tudo, de todos, do Mundo.
Acabe Mundo, pois assim acaba-se a vergonha e quem sabe começas de novo, novo.
Terra Adorada...
Fim.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parabéns a todos os Escritores e suas Ideias


Ideias

As ideias como semente brotam,
Por dentre as volutas de meu cérebro.
Como vermes em meus lobos,
Que se alimentam de meu córtex.
Agonizam-se por toda a caixa.
Por vezes, parecem escorrer pelos tímpanos.
Em gritos ensurdecidos.
A chamar minha atenção.
A gritar em vão - Cá estou.
Em labirintos, as ondas propagam-se,
Como num instrumento de sopro.
A gritar em notas.
Em claves, fusas, semifusas.
Ouça-me, cá estou.- a ideia.
Muitas vezes preferira ser acéfala.
Para que não brotassem tantas.
Vil coisa que vira imensa.
Palavras soltas que viram contos.
Em minha garganta engasgam,
Rasgam minha laringe.
Até que por fim,
Num movimento involuntário,
Dedo a garganta, vomito-as.
Em jatos caem com letras garrafais.
Como gotas de sangue na terra.
Gotas de letras no papel.
Formando textos de palavras diversas.
Arremessas às linhas, certas.
Outrora dispersas.
Sem nexo.
Agora em ordem, tomam o rumo.
Descansam, enfim, ao serem escritas.
Escrever as sacia.
Escrever as sossega.
*  “(...) escrever é enfiar um dedo na garganta.
Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma.
Pode sair até uma flor.
Mas o momento decisivo é o dedo na garganta (...)”
Agora sim, tenho sossego.
Não mais me atormentam.
Soltas no papel,
Ganham vida própria.
Transformam-se em jardim.
Às vezes em pântano,
Depende da intensidade.
Da brutalidade,
Delas, as idéias.
Alforriam-me,
Libertam-me.
Deixam-me.
Até a próxima leva.
O próximo pelotão.
O próximo jato.
Enquanto houver hemisférios.
Córtex, lobos, laringes, garganta.
Ideias.
Escrevo.



Fabiana Coelho Guaranho



*ABREU, Caio Fernando. Da Cólera ao Silêncio



terça-feira, 19 de junho de 2012

Homenagem ao Aniversário do Chico


A Construção de Seu Almanaque

Vou construir o seu ALMANAQUE
Sua VIDA
Sua CONSTRUÇÃO
MEU CARO AMIGO
O QUE SERÁ que será
Que você faz no seu COTIDIANO?
Voa na ROSA DOS VENTOS
Passa pelas VITRINES
E de TANTO AMAR
Virou PIVETE
Roubando amor de GENTE HUMILDE
OLHOS NOS OLHOS
Você rouba sempre a GOTA D’ÁGUA
De seu MAMBEMBE
Tornando tudo FANATASIA
Você é O MEU GURI
ATÉ O FIM
TROCANDO EM MIÚDOS
EU TE AMO
E este é um AMOR BARATO
APESAR DE VOCÊ
Que é MOTO CONTÍNUO
Você pra mim é MAR E LUA
Minha TATUAGEM
Na RODA VIVA da VIDA
Escrevo este FOLHETIM
Este ALMANAQUE
Em sua homenagem
CHICO BUARQUE

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quero ser um Felis domesticus


Entre o Felis domesticus ou o Canis familiaris e o Homo Sapiens há muito mais que somente 2 patas...

Os últimos acontecimentos(e quando digo últimos refiro-me há mais de um século)concluem para mim que a raça dominante(Homo Sapiens)não merece este posto.



Nunca vi um  Felis domesticus  ou um  Canis familiaris  matar outro de sua espécie ou mesmo de outra se não for por alimentação necessária a sua sobrevivência.


Qual ser depois de receber qualquer repreensão abana seu rabo ou ronrona agradecendo a lição aprendida?


Faça isso com um  Homo Sapiens  e receberás em troca um xingamento ou quiçá um tiro...

Qual ser respeita o espaço e bens do outro sem nenhuma ganância ou arrogância?


Quisera eu o Plenário, o Parlamento, o Governo, a Polícia, a Política ser repleta de  Felis domesticus ou Canis familiaris .


A única preocupação seria quem limparia suas necessidades depositadas a esmo, mas pensando bem, quem faz isso hoje nestes locais infestados de Homo Sapiens??


A sujeira está toda lá, só não vê quem não quer, ou quem compactua com esta imundice.


Penso com muita clareza que os Pongo pygmaeus  devem até hoje sentirem-se insultados e envergonhados ao serem citados como os descendentes dos Homo Sapiens.


Gostaria de trocar de classe, qualquer uma menos esta que me encontro agora, pois tenho nojo, asco, vergonha da mesma.


Poderia ser de qualquer outra espécie, até mesmo uma Lactuca sativa  ou uma Medicago sativa  qualquer uma menos desta que hoje transvisto.


Mas enfim, fazer o que?



segunda-feira, 5 de março de 2012

SOU UMA NET COMBO PALHAÇA


Sou assinante da NET há mais de 15 anos e fielmente pago TODAS AS FATURAS, 
porém venho sendo tratado como PALHAÇA há mais de 1 Mês.
Fiz a mudança de pacote para o COMBO TOTAL CINEMA com mudança para um ponto HD MAque não funciona pois segundo seguidas e inúmeras visita técnicas o cabeamento está antigo e não tem boa QUALIDADE DE SINAL.

Fiz o acréscimo de um terceiro ponto HD MAX que segundo os técnicos não tem cabeamento, ou seja pago por uma aparelho que fica ENFEITANDO minha bancada pois não tem nenhum fio ligado a ele.
Inúmeras vezes fiquei em casa esperando visita dos técnicos que sequer apareceram ou deram alguma satisfação. 
Acredito que adquiri sim um COMBO PALHAÇA pois pago e vejo somente quadradinhos quando os vejo.
Tenho guardados enciclopédias de números de protocolo que de nada adiantam.
Gostaria de simplesmente ter o serviço que pago e que não pago barato.

OU SEJA;
PAGO E NÃO TENHO CABO.
PAGO E TENHO SINAL RUIM.
PAGO E SOU TRATADA COM RISADINHAS PELOS ATENDENTES.
PAGO E NÃO VEJO NADA.




CANSEI DE SER UMA NETPALHAÇA.

quinta-feira, 1 de março de 2012

PARABÉNS CIDADE MARAVILHOSA


Meu Rio de Janeiro

Torres de cores repousam em concreto e aço.
Entrelaçadas em lâminas lânguidas de vidros tramados, laminados e temperados.
Regozijando-se aos céus tal qual estalagmites.
Mergulhando por todo o litoral nas cristas de sal,
Mesclas de azuis infinitos iguais ao céu.
Derramando-se nas areias bordadas de multicolores guarda-sóis.
Contrastam com as curvas extasiantes de montanhas incrustadas e fascinantes.
Alhures somente verde de matas densas salpicadas de casebres simples,
Estes, cravados nas encostas por obra e graça do Divino.
Arquitetados e construídos por mãos firmes sem diploma,
Agregadas à argamassa; esperança, suor e massa.
Sotaques e inflexões de vários cantos deste Brasil,
Que convivem em harmonia por ruelas, becos e esquinas.
Meninos de muitas cores, dores e amores, a maioria franzinos e atemorizados,
Por terem visto, assistido ou protagonizado de todo tipo de horrores a desgraças mil.
Hoje no topo tremula alva e absoluta a bandeira branca ao invés do medo e luto.
As armas de fogo amigo lhes dão aconchego(?).
Na madrugada vinda, cortando por dentre as ruas nos trilhos rígidos e frios de ferro,
Corações batendo atentos e famintos indo de encontro ao caminho árduo do batente.
Quarenta graus ferventes e continuam sorrindo com brilhos maculados e macilentos nos dentes.
A semana de labuta e lida  não é nada comparada ao fim da semana que adentra, regado a samba, cerveja e pecado.
Não há nada igual aos contornos esguios, quiçá sombrios.
Aos mares bravios, praias lotadas, sol estrênuo, matas e rios.
Ao povo alegre; sadio e fagueiro, ao humor, calor e luta.
Que encanta estrangeiro, enlouquece e  catequiza forasteiro.
Que embriaga e entorpece com doces prazeres a cada visitante.
Não há nada igual a geografia de traços fortes e belos.
De corpos bronzeados e tão mais belos.
Que deixa palpitante quem aqui aterra, aproa ou aporta.
Que Deus preserve e conserve a força e magia deste povo e deste chão.
Dessa minha cidade de São Sebastião
Do meu Rio de Janeiro.


Fabiana Guaranho

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Imortais Virtuais

Não Curti...
Hoje soube do falecimento de um amigo de uma amiga minha no Facebook e fiquei a pensar...
O que será das páginas de nossos queridos falecidos?
Como conviver com seus rosto sorridentes imortais num perfil ainda vivo?
Me parece muito estranho "conviver" com estas pessoas virtualmente imortais.
Nossa dor de olhar todos os dias seus murais com mensagens de amigos, fotos, conselhos e mais sinistro ainda com aplicativos pré programados a nos mandar mensagens.
No caso deste amigo, que apesar de não conhecer me deixou abalada e pensativa nesta fúnebre e sinistra armadilha que ficamos presos nesta rede virtual do além, o seu horóscopo diário continua lhe dando previsões(?)
Quero, quando fizer minha passagem o direito de não mais pertencer a este mundo virtual, quero que meus amigos e parentes não precisem me "ver" todo dia, quero simplesmente "Descansar em Paz".
Ou... se num futuro próximo for permitido poder responder e conectar-me do além.
Steves Jobs, Marks Zuckerbergs, Bills Gates e outros gênios mais da cibernética não inventaram nada que "mate" esta fúnebre rede virtual?
Daqui há mil anos ou mais, seremos centenas, milhões, zilhões de perfis imortais virtuais a perambular tais como zumbis conectados  interagindo e invadindo o mundo dos vivos.
Acho muito esquisito.
Deixo aqui meu pesar aos que perderam seus amigos e entendo a dor de não tê-los em carne e osso e sorrisos, e sinto a tristeza de ter que conviver com seus perfis inertes porém ativos.
O que fazer?
Ajudem, pois me parece muito doloroso para os que ficam.


Não vai embora ainda



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